INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS PARA A ACESSIBILIDADE, INTEGRALIDADE E CONTINUIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.70430/978-65-983302-6-2.50-59

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde, Saúde Mental, Transtornos Mentais

Resumo

A maioria dos casos de depressão e ansiedade de gravidade leve e moderado são atendidos na atenção primária de saúde (APS) e somente os casos graves têm sido encaminhados para atenção especializada. Além disso, diversos comportamentos de risco como baixo nível socioeconômico e consumo de álcool ou tabaco estão relacionados com o surgimento de transtornos mentais. Da mesma forma, percebe-se uma relação entre estilo de vida saudável e melhor saúde mental, já que a qualidade de vida é um fator determinante para o controle dos sintomas. Diante disso, torna-se necessário que um profissional atuante na APS tenha domínio do assunto e saiba quais as intervenções necessárias para cada paciente. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar intervenções não farmacológicas como alternativa de tratamento para transtornos mentais. A pesquisa seguiu uma revisão narrativa da literatura, passando pelas etapas de definição da questão, levantamento e categorização dos estudos e avaliação dos materiais. A busca foi realizada na base de dados PubMed, com foco em artigos publicados entre 2019 e 2024 e escritos em língua portuguesa ou inglesa. Foram selecionados 9 artigos, por meio dos descritores: Atenção Primária à Saúde; Saúde Mental; Promoção da Saúde; Transtornos Mentais. Assim, além da terapia cognitivo-comportamental, destacam-se algumas alternativas não farmacológicas como Estratégia Saúde da Família e os Centros de Atenção Psicossocial em Minas Gerais. No Rio de Janeiro, intervenções baseadas em “mindfulness” foram avaliadas como eficazes na redução de sintomas de ansiedade e depressão, além de melhorar a qualidade de vida. Programas de prevenção ao uso de álcool e drogas e estratégias contra o estigma social são essenciais para melhorar o acesso ao cuidado em grupos vulneráveis. Além disso, políticas públicas focadas na redução da violência e no aumento de áreas verdes demonstraram impacto positivo na saúde mental, especialmente em comunidades de baixa renda. 

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Publicado

18-12-2024

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Todas as fontes consultadas para a realização do conteúdo foram citadas e referenciadas no trabalho. 

Como Citar

INTERVENÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS PARA A ACESSIBILIDADE, INTEGRALIDADE E CONTINUIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE (M. E. Carrara, M. F. . Drumond Barbosa, & L. Neves Coelho Filho , Trads.). (2024). Periodicos Cedigma, 1(1), 50-59. https://doi.org/10.70430/978-65-983302-6-2.50-59

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