ENFRENTANDO A FINITUDE NO HOSPITAL: DESAFIOS DAS PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.14201762

Palavras-chave:

Cuidados; Tanatologia; Morte; Cura; Finitude.

Resumo

Introdução: O enfrentamento da finitude no ambiente hospitalar é um desafio constante para os profissionais de saúde, especialmente em áreas como cuidados paliativos, oncologia e terapia intensiva. A proximidade com a morte exige competências que transcendem a técnica, demandando habilidades emocionais, éticas e comunicativas para lidar com pacientes e familiares em situações de sofrimento extremo. Objetivo: Discutir os principais desafios enfrentados pelos profissionais de saúde ao lidar com a finitude no ambiente hospitalar. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com análise de estudos publicados entre 2017 e 2024, nas bases de dados PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores “finitude”, “profissionais de saúde”, “hospitais” e “cuidados paliativos”. Os critérios de inclusão consideraram artigos em portuguêsl, com texto completo disponível e que abordassem diretamente os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no manejo da finitude. Resultados e Discussões: A falta de preparo emocional e técnica para lidar com a morte, a ausência de capacitação em comunicação sensível e a pressão por resultados em um ambiente que valoriza predominantemente a cura. Muitos profissionais relataram sentir-se sobrecarregados emocionalmente e desamparados diante da necessidade de transmitir más notícias ou assistir ao sofrimento prolongado de pacientes e familiares. As discussões apontaram para a importância da integração dos cuidados paliativos como abordagem central no cuidado hospitalar, a fim de promover um modelo que respeite a dignidade do paciente e valorize a saúde emocional das equipes. Considerações Finais: O enfrentamento da finitude no hospital requer mudanças estruturais e culturais no sistema de saúde, com foco na humanização do atendimento e no apoio aos profissionais. Investir na formação continuada, no suporte psicológico e na adoção de políticas públicas que priorizem os cuidados paliativos é essencial para garantir que a prática hospitalar seja ética, acolhedora e sensível às necessidades de pacientes e familiares.

 

Biografia do Autor

  • Luís Henrique da Silva Costa

    Formado em psicologia pela Faculdade Pitágoras São Luís-MA, Pós-graduado em Psicologia Hospitalar pela Faculdade Anhanguera

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Publicado

23-11-2024

Como Citar

ENFRENTANDO A FINITUDE NO HOSPITAL: DESAFIOS DAS PRÁTICAS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE (L. H. DA SILVA COSTA , Trad.). (2024). Periodicos Cedigma, 1(1), 18-22. https://doi.org/10.5281/zenodo.14201762

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