Hiperprodutividade, Liderança Tóxica e Assédio Institucional: Impactos Psicodinâmicos na Saúde Mental do Trabalhador

Resumo

Este artigo discute os efeitos da hiperprodutividade e da liderança tóxica na saúde mental dos trabalhadores, a partir de uma revisão bibliográfica fundamentada na Psicodinâmica do Trabalho. O estudo retoma as análises de Byung-Chul Han e Alain Ehrenberg sobre a lógica da autoexploração e da sociedade do desempenho, dialogando ainda com Christophe Dejours, que aborda a dialética prazer–sofrimento e o sofrimento ético. No contexto brasileiro, são consideradas as contribuições de Margarida Barreto, Maria da Graça Jacques e Gisela Assad a respeito do assédio moral e do assédio institucional. A síntese da literatura revela que o ambiente organizacional contemporâneo favorece formas de adoecimento psíquico, manifestas em burnout, depressão e ansiedade. A partir desse panorama, argumenta-se que a Psicodinâmica do Trabalho oferece elementos valiosos para compreender os mecanismos organizacionais que produzem sofrimento e para subsidiar políticas institucionais voltadas à promoção de ambientes mais saudáveis e humanizados