A Dor que Não Cabe no Sistema: O SUS e as Vidas à Margem
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17509527Palavras-chave:
Saúde pública; Vulnerabilidade social; Desigualdade; Cuidado; Direitos humanos.Resumo
O Sistema Único de Saúde (SUS), concebido como uma das maiores conquistas sociais do Brasil, fundamenta-se nos princípios de universalidade, equidade e integralidade. Entretanto, mesmo com sua amplitude, há dores que permanecem invisíveis e vidas que continuam à margem do cuidado institucional. O presente artigo busca refletir sobre as limitações e desafios enfrentados pelo SUS diante das desigualdades sociais e da desumanização estrutural que exclui determinados sujeitos do direito à saúde. A pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, foi realizada por meio de revisão bibliográfica nas bases SciELO, LILACS e BVS, contemplando produções entre 2016 e 2025. Embora o SUS represente uma política pública de alcance social inestimável, ainda existem barreiras simbólicas, culturais e econômicas que impedem o pleno acesso à assistência. Repensar o cuidado no SUS exige uma escuta ampliada e políticas que acolham a complexidade da dor humana, sobretudo das populações historicamente excluídas.
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